Olhando para a história observa-se que os primeiros registros de tatuagens remontam o séc. VI a.C. Alguns estudos apontam que a palavra tatuagem se originou através do termo “tattow” que, por sua vez, deu origem ao termo tattoo, como conhecemos atualmente. O significava da palavra vem do som reproduzido pelo cabo de madeira - material utilizado na época - que batia um instrumento que pigmentava a pele.
Tatuar significa representar, marcar imagens/pinturas sobre a pele. Hoje milhões de pessoas pelo mundo buscam a tatuagem como meio de simbolizar, expressar algo. Antigamente a tatuagem era utilizada para cobrir o corpo, como uma forma de vestimenta ou até mesmo para identificar escravos e prisioneiros. Na Segunda Guerra Mundial os Nazistas mandavam tatuar números nos judeos para identificá-los.
Há motivos diversos que levam uma pessoa a fazer a tatuagem. Entre esses vários motivos, podemos citar aqueles que o fazem para simbolizar um fato importante, uma conquista ou até mesmo uma perda. Outros para se diferenciar, para concretizar algo único/identidade própria, pela beleza do símbolo ou por estética. Para a Psicologia Analítica o fato pode ser consciente, como vimos ou inconsciente. O olhar sobre o inconsciente é um campo vasto, por isso vamos se referir a ele como tudo aquilo que é “desconhecido” pela esfera consciente do homem e que, em determinados momentos, exerce algum tipo de influência sobre o mesmo.
Sobre esta perspectiva, podemos olhar a tatuagem como uma maneira de expressão/deslocamento de um “conflito” inconsciente para manifestação simbólica no plano corporal ou até mesmo pode denunciar algo que não conseguiu elaboração psíquica e que busca algum forma de expressão, como estamos vendo, no plano corporal. Fator este que se assemelha ao processo psicossomático ou até mesmo como forma de integração (inconsciente-consciente), compensação ou equilíbrio da psique. Pode representar, ainda, algo que ainda não foi falado ou que não pode ser falado pelo indivíduo, apenas expressado por meio de imagens/símbolos.
Antes de finalizar, é importante pontuar aqui que não abordei, neste post, o preconceito que existe sobre o assunto. É uma barreira que precisa ser rompida e respeitada como uma expressão cultural.
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Rodrigo Lolatto - CRP 18/01771
18/ 0030