• EDUCAÇÃO •

Ana Paula Rocha

Ana Paula Rocha   |   Educação Infantil   |   23/07/2018

TECNOLOGIA E AÇÚCAR: TUDO EM EXCESSO FAZ MAL!

Atualmente, cada vez mais, as crianças estão deixando o brincar de lado para passar horas diante do computador, tablets ou celular. Apesar da tecnologia e da Internet serem de grande auxilio na vida diária adulta, para os pequenos ela traz mais desvantagens do que vantagens, principalmente quando utilizada de maneira excessiva e incorreta.

O uso excessivo dos eletrônicos tem claro efeitos negativos para o desenvolvimento integral da criança. Em recente participação de um Congresso de Neurociência, tive a oportunidade de presenciar várias mesas redondas com neuropediatras, psiquiatras intantis e pesquisadores sobre o assunto. Em uma delas, com o tema “A TECNOLOGIA CHEGOU À PRIMEIRA INFÂNCIA” foram debatidos os principais efeitos do excesso do uso cada vez mais cedo dos meios eletrônicos, dentre eles:

  • Atraso no desenvolvimento;
  • Risco de miopia por uso excessivo de mídias eletrônicas;
  • Sedentarismo e obesidade;
  • Transtornos de ansiedade e depressão.

Em um mundo cada vez mais marcado pela tecnologia, é fácil encontrar crianças que ainda não sabem nem amarrar os sapatos navegando na internet e usando smartphones ou tablets. Segundo o Dr. G. P., palestrante do congresso, recomenda-se o limite para a exposição das crianças a todo tipo de mídia (televisão, games, internet, smartphones etc.). O ideal seria que o contato acontecesse apenas depois dos 2 anos de idade e por tempo limitado. Até os 5 anos, as crianças só deveriam ficar no máximo 1 hora diante das telas. O tempo aumenta para 2 horas para crianças de 6 a 12 anos.

Para exemplificar o exposto, fazendo uma breve analogia, concluímos que a utilização dos meios digitais na vida da criança, deve ser dosada assim como o açúcar. Na pirâmide alimentar, o mesmo aparece no topo, como alimento que menos deve ser consumido, assim deve acontecer com a utilização dos eletrônicos, ela pode acontecer, como a criança pode comer o açúcar, mas desde que seja de maneira controlada e supervisionada, de acordo com sua idade